O Design Industrial na microempresa: 3 ações antes de começar

De início poderíamos questionar se o (fazer) design industrial para microempresas é diferente do que para as empresas maiores. A resposta, sim ou não, talvez. Se olhamos apenas sob a perspectiva de que, de modo geral, o designer tem em mãos (e na mente) um vasto conjunto de ferramentas, técnicas e métodos que adota de acordo com as características do projeto, então, podemos dizer que ambas bebem da mesma fonte. Entretanto, para além das estratégias metodológicas, acreditamos que para uma microempresa se beneficiar de todo o potencial do design, é necessário e importante que se analise outros aspectos do negócio além dos elementos mais diretamente relacionados ao design.  

Para situar, a microempresa é aquela “têm faturamento anual de até R$ 360 mil ou emprega até 9 pessoas no comércio e serviços ou 19 pessoas no setor industrial”. Por trás dessa classificação há diferentes realidades e desafios. Entretanto, seja uma empresa que está iniciando as atividades ou outra que já tem uma jornada percorrida, nelas, o/a proprietário/a tende a controlar e realizar as principais atividades do negócio, por vezes dando mais atenção ao operacional do dia a dia do que às estratégias de crescimento. Somada à capacidade limitada de investimentos e contratações, adota um processo muito mais reativo do que proativo.

Ações para além do design

Num contexto assim, onde não há um foco estratégico claro, os investimentos em design podem não trazer os resultados almejados ou ainda pior, acelerar as dificuldades da empresa. Logo, para minimizar bastante esses riscos, consideramos que há 3 aspectos fundamentais que devem ser analisados e trabalhados.

  • Tenha as finanças sob controle. Mas, o que o design tem a ver com isso? Ter clareza dos custos e receitas da empresa é importante para dar suporte a qualquer ação de design. Na prática, para implementar um novo projeto são necessários recursos, como tempo, capital e pessoas. Projetos paralisados (como um novo produto, uma embalagem ou serviço) perdem o timing de mercado, causa retrabalhos e ainda dá a oportunidade da concorrência se antecipar a você. Finanças organizadas é o primeiro passo para alavancar o crescimento da empresa.
  • Tenha processos coesos e claros. Na microempresa a direção tende a ter um papel de grande protagonismo, quando não, centralizador. Entretanto, autonomia e trabalho em equipe não deveria ser o tal do “se vira aí”. Com processos definidos e implementados, há condições para as pessoas terem mais segurança em tomar decisões, realizar o que precisa ser feito e gerar mais produtividade para a empresa. Um modelo implementado permite ainda que os aprimoramentos sejam mais facilmente disseminados do que as iniciativas individuais.
  • Tenha clareza do negócio. Em outras palavras, conheça o seu Modelo de Negócio e explore todas as áreas como oportunidades de fazer melhor, incluindo toda equipe nesse reconhecimento. E o design com isso?  Ele precisa estabelecer total sintonia, seja para desenvolver ideias adequadas ao negócio, como também ajudar a identificar oportunidades de atualização e inovação no Modelo.

Em resumo: a gestão financeira dará o suporte necessário para investir num novo projeto (produto, embalagem, serviço,…), a organização dos projetos permitirá que a empresa consiga fazer mais e melhor e o Modelo de Negócio dará sentido e coerência para onde ir, excluindo opções que não estejam alinhadas.

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